Waldemar Ruy dos Santos, o Asa Branca, um dos maiores locutores de rodeios do Brasil morreu nesta terça, 4, aos 57 anos. Ele era portador do vírus HIV, tinha oito válvulas na cabeça e câncer na garganta e na base da boca. A notícia foi confirmada no Instagram oficial do locutor. Ainda não há informações sobre o enterro e o velório.
Asa Branca iniciou a carreira como peão montando animais considerados muito bravos mas parou de competir quando um touro perfurou os seus pulmões durante um rodeio. Embora tenha abandonado as montarias, ele continuou frequentando os rodeios, agora como locutor.
Ele se destacou nos rodeios por causa de sua voz característica e por ter inovado no jeito de abrir os eventos, como pousar de helicóptero no centro das arenas. O locutor se apresentou pela última vez na abertura de rodeio de Fernandópolis, SP, em 2018.
No auge da carreira, segundo a revista Veja, Asa Branca faturava R$ 300 mil por mês em cachês, além de ter namorado artistas famosas como Alexia Dechamps e Isadora Ribeiro.
Os longas “A Última Voz dos Rodeios” e “Asa Branca – A Voz da Arena” contam mais sobre a vida nos rodeios e a rotina médica que se submeteu em decorrência da Aids, criptococose, conhecida como “doença do pombo” e os cânceres que enfrentou.
Além de rodeios, o locutor apresentou atrações importantes no sertanejo como o especial Amigos em 1995 e Som Brasil, programa que buscava mostrar a importância das músicas regionais para as grandes capitais.
Após ser diagnosticado com câncer, Asa Branca se arrependeu de ter maltratado os animais nos rodeios usando choques em touros para que eles pulassem mais.
“Estou pagando toda a dor que causei e incentivei os outros a causar nos bichos dos rodeios”, disse à revista Veja. “Dos rodeios grandes aos pequenos, a festa era de alegria para o público, mas de dor e sofrimento para os bichos”, contou Asa Branca.
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